John Wick: De Volta ao Jogo demonstra como agradar somente com cenas de lutas muito bem filmadas.
A história, que praticamente não existe, serve apenas de pano de fundo para os trechos de ação. John Wick (Keanu Reeves) é um assassino profissional que deixa a aposentadoria para se vingar de uma gangue que rouba seu Mustang. Além disso, essa turma de russos mata seu cachorro. Então, esse motivo banal serve de estopim para uma avalanche de mortes provocadas pelo enfurecido John Wick. Mas como o principal causador daqueles delitos é filho do chefão da gangue, Wick terá vários alvos para eliminar.
John Wick: De Volta ao Jogo marca a estreia na direção do experiente dublê Chad Stahelski. Para isso, contou com apoio não creditado de seu colega de trabalho David Leitch. Isso explica o ótimo resultado das cenas de ação do filme, realmente empolgantes, que conseguem encobrir as fraquezas do roteiro. Aliás, por contarem com profissionais especializados no assunto, sentimos que as lutas e perseguições são autênticas. Não precisam recorrer a efeitos visuais exagerados ou excesso de cortes. E é esse o grande diferencial deste para outros filmes do gênero. Os combates se assemelham a danças ensaiadas à perfeição, com sincronia absoluta entre os atores e dublês. Em muitos momentos, lembram os melhores filmes de artes marciais.
Assim, se você consegue deixar o intelecto de lado e permitir que a adrenalina flua à vontade, John Wick: De Volta ao Jogo se torna uma emocionante diversão. Deu certo, e gerou duas sequências.
