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John Wick: Um Novo Dia Para Matar (filme)
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John Wick: Um Novo Dia para Matar

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

John Wick: Um Novo Dia para Matar (John Wick: Chapter 2) se inicia alguns dias após os eventos de John Wick: De Volta ao Jogo (John Wick, 2014). E, a primeira cena é uma emocionante perseguição de veículos. Começa com estilo, com uma projeção em uma lateral de um prédio de um trecho de ação de um filme mudo. Então, ouvimos os sons de pneus acelerando e freadas, e a câmera se desloca para uma moto e um carro em alta velocidade nas ruas de Nova York. O visual é caprichado, pois é de noite e o asfalto está molhado. São quase treze minutos de perseguição e confrontos, e termina com John Wick (Keanu Reeves) reavendo aquele Mustang que foi roubado no primeiro filme. Mas, o valor é sentimental, como deixa claro o estado em que o carro termina.

Isso saciaria a sede de vingança de Wick, iniciada no filme anterior. Mas, ele ainda não consegue se aposentar, pois surge o mafioso Santino D’Antonio (Ricardo Scamarcio) para cobrar uma dívida. E, como dívidas com a máfia nunca são perdoadas, Wick é obrigado a aceitar um novo trabalho. Ele deve matar a irmã de Santino, que está em Roma, pois ela é a herdeira da Camorra. Porém, logo Wick descobrirá que isso não o libertará, pois após executar esse serviço, o próprio Santino coloca uma alta recompensa para que os melhores assassinos profissionais do mundo matem John Wick.

Como no primeiro filme, a história é simples, mera desculpa para as cenas de ação. E o ex-dublê de cinema Chad Stahelski, que estreou com o primeiro longa de John Wick, continua um craque em filmar essas sequências. Principalmente, as perseguições de veículos que abrem o filme. Nos combates, também filma com primor, e até arrisca belos enquadramentos ao longo da história.

Como um game

Porém, desta vez Stahelski exagera na dose. Sentimos isso na fuga de Wick em Roma, após executar seu trabalho. Ele mata dezenas de homens que o perseguem; aliás, o filme todo conta com 116 mortes! Embora sejam sequências bem filmadas, certamente fruto de exaustivos ensaios, elas não empolgam porque as mortes parecem banais. É como se assistíssemos a um vídeo game, e o filme, de fato, se inspira no jogo “Payday 2”.

Nessa fuga, Wick até encontra armas escondidas ao longo do túnel pelo qual ele escapa, exatamente como acontece nos games. Além disso, os tiroteios nunca acertam os inocentes (pedestres, usuários do metrô, frequentadores da festa etc.). E as dificuldades para os protagonistas aumentam a cada etapa, características típicas das fases nos jogos eletrônicos.

Ademais, como não há nem preocupação em desenvolver o personagem principal, John Wick: Um Novo Dia para Matar se torna enfadonho; tão chato quanto assistir alguém jogando um game. Vale só pela primeira sequência, aquela da perseguição pelas ruas de Nova York.


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