Jurassic World: Reino Ameaçado consegue o que seu predecessor Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros tentou, mas não conseguiu. Ou seja, resgatar com inegável nostalgia a emoção do primeiro filme da franquia, Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993), que Steven Spielberg dirigiu. Em outras palavras, o objetivo de “Mundo dos Dinossauros” era equivalente ao de J.J. Abrams em Star Wars: O Despertar da Força, ambos lançados em 2015. O diretor escolhido fora Colin Trevorrow, justamente porque ele possuía o mesmo estilo de Spielberg, para garantir o saudosismo.
Eis que agora contratam J.A. Bayona, que antes havia se destacado com O Impossível (2012) e Sete Minutos Depois da Meia-noite (2016), para dirigir Jurassic World: Reino Ameaçado. Desta vez, o resultado é uma aventura tipicamente spielbergiana.
Novos personagens infantis
Para começar, o filme traz dois novos personagens infantis super carismáticos, bem mais que os irmãos da aventura anterior. Um deles é Franklin Webb, interpretado por Justice Smith, um adolescente gênio em informática. E o outro é a menina Maisie Lockwood (Isabella Sermon), herdeira dos inventores do Jurassic World e com uma origem secreta. Adicionalmenet, outro novo personagem bem interessante é a veterinária Zia Rodiguez (Daniella Pineda). Junto a eles, retorna à franquia o casal Owen Grady (Chris Pratt) e Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), que funciona eficientemente tanto nas cenas de ação como nas românticas.
Um vulcão está prestes a destruir a ilha do filme anterior. Então, os seus donos chamam Claire para ajudar no resgate de pelo menos algumas espécies. E Claire convence Owen a colaborar na empreitada, Mas, eles não sabem que os poderosos cientistas querem obter amostras de DNA para continuarem a criar novas espécies, cada vez mais perigosas. Por isso, resgatam a criatura até então mais avançada, a Blue, juntamente com alguns outros dinossauros. Porém, um exemplar da nova geração já foi criada e ela deve ser combatida.
Spielberg
O filme trabalha fortemente os personagens infanto-juvenis, claramente inspirados pelo tal estilo de Spielberg. Assim, quando os dinossauros atacam, geralmente são eles que se encontram na principal situação de perigo, gerando enorme empatia com o público dessa idade. Outra característica marcante do cineasta de E.T. O Extraterrestre é mostrar os personagens olhando espantados para algo que o público ainda não viu, e isso é muito usado em Jurassic World: Reino Ameaçado.
Aqui, o ritmo é muito mais agitado do que em “Mundo dos Dinossauros”, fazendo jus ao que se costumou chamar de ritmo de montanha-russa. Ou seja, com emoção, pequena pausa e nova emoção, constantemente. Desta vez, os realizadores evitaram terminar a aventura no embate entre dois dinossauros. O que é uma benção, pois isso foi uma verdadeira ducha de água fria no filme anterior. O final, agora, é empolgante!
