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Star Wars: O Despertar da Força

Avaliação:
10/10

10/10

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Crítica | Ficha técnica

O diretor J.J. Abrams preocupou-se em transportar o espectador de volta ao universo do Episódio IV da saga Star Wars. Ou seja, justamente o que faltou nas prequels, cujo visual transbordado de CGI se assemelhava mais à animação “Clone Wars”. Em “Star Wars: O Despertar da Força”, exagerou um pouco na dose de nostalgia, mas isso não estraga o filme.

Assim, os antigos personagens retornam com toda sua iconografia. Han Solo (Harrison Ford), Leia Organa (Carrie Fischer) e Luke Skywalker (Mark Hamil) emocionam os fãs quando ressurgem pela primeira vez nas telas. Além disso, os adorados coadjuvantes Chewbacca, C3PO, R2D2 e…. a Millenium Falcon também estão de volta.

As paisagens desérticas do planeta Jakku, onde vive Rey (Daisy Ridley) se assemelham a Tatooine, onde Luke vivia antes de partir para sua jornada. O veículo da nova heroína também lembra muito o carro de Luke, que se locomovia sobrevoando o solo –  até a cor é a mesma. Ademais, Solo e Chewbacca levam seus novos companheiros Rey e Finn (John Boyega) para a cantina de Maz, similar à Mos Eisley Cantina, e desta vez sua proprietária ganha um papel ativo na trama.

Primeira Ordem

Basicamente, a história segue a mesma linha central do Episódio IV. O Império, chamado agora de Primeira Ordem, construiu uma nova arma, muito mais poderosa que a Estrela da Morte, capaz de destruir vários planetas simultaneamente. Um dos líderes, assim como seu predecessor Darth Vader, é Kylo Ren (Adam Driver), que possui os poderes de um jedi, mas foi seduzido pelo lado sombrio da Força. A preocupação do Imperador reside em encontrar as pistas para chegar a Luke Skywalker.

O novo robô da saga, BB-8, carrega parte desse segredo, como antes o fez R2D2. Finn, um desertor do exército imperial, ajudará Rey, Solo e Chewbacca a levar o dróide para os Rebeldes, liderados agora pela General Leia. Os Rebeldes, uma vez descobertos, precisam destruir a arma do Império antes que ela exploda o planeta onde se refugiam.

O roteiro foi escrito por Abrams junto com Lawrence Kasdan e Michael Arndt. Este último, autor de “Toy Story 3” (2010), deu o “toque Disney”, estúdio que adquiriu a Lucasfilm, e Kasdan o suporte de autenticidade da série, já que escreveu os episódios V e VI, além de provavelmente o talento das melhores passagens de “O Despertar da Força” – Kadan escreveu também, entre outros sucessos, “Os Caçadores da Arca Perdida” (Raiders of the Lost Ark, 1981).

Muita ação

Mas, em meio a tudo isso, há muita ação. Perseguições em naves espaciais, tiros de laser e lutas com sabre de luz. Este, antes símbolo exclusivo dos jedis, agora é manipulado também por Flinn, o que pode desagradar alguns fãs. Além disso, o que pode parecer estranho também é Rey saber o que fazer quando escapa de Kylo Ren, dentro do quartel-general imperial.

Há espaço para algum humor, em alguns diálogos bem engraçados, como quando Chewbacca diz que está com frio, ou quando Solo pergunta sobre o cabelo de Leia.

J.J. Abrams usa alguns movimentos de câmera originais para esta série. Por exemplo, os vários pontos de vista quando Rey monta em sua moto, ou na cena final na montanha. Entretanto, o uso de maquetes e miniaturas, que remetem ao tempo do primeiro filme de George Lucas, quando colocado em tecnologia 3D, evidencia a proporção desses protótipos, o que faz que, contraditoriamente, funcionem melhor em 2D.

Porém, o que torna o filme realmente grandioso, à altura da trilogia iniciada em 1977, é a carga emocional que ele entrega. Não aquela tentativa de criar cenas eletrizantes (ex. a corrida do Episódio I), e sim aquela fundamentada em sentimentos. Dessa forma, “Star Wars: O Despertar da Força” se aproveita do carinho que os antigos personagens possuem junto aos fãs e o explora sem exagerar. Mesmo assim, lágrimas rolarão.


Star Wars: O Despertar da Força
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