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Lili Marlene (filme)
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Lili Marlene

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

Romance em tempos de Guerra, Lili Marlene dramatiza a história da famosa canção que era venerada pelos soldados alemães. A canção se chamava “Lili Marlene”, e a sua cantora, Lale Andersen, autora do livro que deu origem ao roteiro que a transformou em Willie. Tão famosa ficou a música que era comum Willie ser chamada de Lili Marlene.

A trama

O filme começa em 1938, em Zurique, na Suíça, um ano antes do início da Segunda Guerra Mundial. A princípio, Willie é uma cantora de cabaré alemã que namora Robert, um homem envolvido em uma organização que ajuda a proteger os judeus da perseguição nazista. Eles pretendem se casar, mas com o advento da guerra, Willie é impedida de retornar para a Suíça após uma viagem para Berlin. Dessa forma, a situação torna arriscado Robert se mudar para a capital alemã.

Então, para ganhar seu sustento, Willie canta nas boates berlinenses, apresentando a canção “Lili Marlene”. O tema da composição é o amor perdido, e por isso conquista os soldados em campo de batalha, longe de seus amores. Como resultado, a música se torna um estrondoso sucesso, capaz de suspender os ataques alemães enquanto era tocada nos fronts.

Fassbinder

Reunindo romance e suspense, o filme do diretor Rainer Werner Fassbinder consegue facilmente agradar ao espectador. Acima de tudo pelo aspecto romântico, porque o casal apaixonado não pode viver o seu grande amor. Enquanto isso, o apelo do suspense repousa no perigo que ameaça Willie, por ela ajudar o noivo colaborando com os judeus.

Por outro lado, o visual de Lili Marlene pode causar certa estranheza. Fassbinder usa o soft focus, para caracterizar os filmes produzidos no período em que acontece a estória e que deixa as formas arredondadas e algumas partes embaçadas. E isso parece mais evidente porque o filme é colorido, e não em preto e branco como na época em que era mais usado.

Analogamente, chamam a atenção os enquadramentos com a câmera posicionada atrás de um objeto ou através de vidros. E, também, o uso frequente do zoom, saindo de um plano mais aberto para um close-up.

Esses recursos contribuem para, deliberadamente, criar um incômodo nos espectadores. O público se aproxima da inquietude dos personagens principais, que vivem em uma situação de constante vigilância.

Lili Marlene é uma produção luxuosa, com bela reconstituição de época mesmo nos cenários grandiosos das apresentações de Willie. Contudo, é perceptível que as falas foram dubladas – isso acontece porque as cenas foram filmadas em inglês e depois dubladas para o alemão.

Concluindo, o filme envolve o espectador, com seu ritmo ágil, obtido por planos curtos e variados, e com várias apresentações musicais. Pelo tema e pela estória, Lili Marlene lembra Cabaret (1972), de Bob Fosse. Naquele filme, Liza Minnelli brilhou no papel principal. Neste, Hanna Schygulla entrega uma atuação radiante, com uma presença marcante nas telas.

 


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