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Linha de Frente (filme)
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Linha de Frente

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

Como seria um Rambo interpretado por Jason Statham? Pois Linha de Frente (Homefront) permite termos uma noção dessa ideia. Afinal, Sylvester Stallone escreveu o seu roteiro, a partir do livro de Chuck Logan, pensando em um novo filme com o famoso personagem que ele interpretou. E, se pensarmos bem, encontramos até pontos em comum entre essa trama e a do filme que Stallone veio a fazer, Rambo: Até o Fim (Rambo: Last Blood, 2019); entre eles, o fato de o herói se isolar em uma casa afastada para viver em paz, mas precisa voltar à ação para proteger uma pessoa querida.

O livro “Homefront” é o sexto e último da série com o personagem Phil Broker. Por isso, o filme traz um prólogo para apresentar quem ele é. Interpretado por um Jason Statham cabeludo, o agente do Departamento de Narcotráficos Broker se infiltra numa gangue de traficantes. A missão acaba na morte do filho do chefão dos bandidos, que jura vingança. Agilmente, a montagem dos créditos iniciais revela que Broker se desliga da polícia. Assim, a história recomeça dois anos depois. Recém-viúvo, ele tenta recomeçar a vida numa pequena cidade sulista estadunidense, junto com a filha de treze anos, Maddy (Izabela Vidovic). Mas, logo precisa colocar suas habilidades em ação, diante da má recepção por parte de alguns moradores locais. E, principalmente, por causa de uma ligação (pouco provável) de um traficante local com o chefão que quer retaliar a morte do filho.

Começa bem, mas…

A parte inicial de Linha de Frente concentra os melhores momentos do filme. Os valentões locais tomam várias surras de Phil Broker. A persona fílmica de Jason Statham se adequa a encarnar esse ex-agente com habilidades letais de luta, e é divertido ver esses bullies receberem uma lição merecida. Quase todos os seis longas anteriores do diretor Gary Fleder são do gênero ação, e ele mostra que sabe filmar essas cenas de lutas corporais. Mas, ao longo do filme, conforme os enfrentamentos ganham mais armas de fogo e mais adversários, Gary Fleder perde a mão. Procura ser moderno, e insere cortes e movimentos de câmera exageradamente, tornando os embates quase incompreensíveis. Com isso, desperdiça a figura de Statham, que vinha sendo bem aproveitada até então.

O roteiro também possui várias falhas. Além de ser uma coincidência pouco provável que o traficante local, Gator (James Franco), namore uma mulher (Winona Ryder) relacionada com o traficante quer se vingar de Broker, há um evidente descaso com os personagens secundários. Por exemplo, a psicóloga da escola (Rachelle Lefevre) entra na história com potencial para ser a namorada de Broker; ela até o ajuda a preparar a festa de aniversário de Maddy. Porém, depois disso, ela simplesmente some do filme. E a irmã (Kate Bosworth) de Gator, que foi o estopim de todos os problemas de Broker, muda de lado após o filho ser convidado para a festa de Maddy; a tal ponto que ela chega a confrontar o irmão na conclusão. Aliás, a virada da personagem de Winona Ryder é ainda menos convincente. Enfim, vários nomes conhecidos no elenco, mas desperdiçados em papéis mal construídos.

Linha de Frente começa no alto mas vai cai durante o filme. Pelos nomes envolvidos, parecia que seria melhor.


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