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Lovelace (filme)
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Lovelace

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

“Lovelace” desvenda uma história extremamente dura de uma celebridade que ganhou fama mundial. Porém, sua carreira durou apenas 17 dias.

O filme se inicia com a protagonista Linda Lovelace na banheira. É um momento de reflexão que traz para a tela flashes de imagens e de sons de sua meteórica vida de superstar norte-americana. Então, logo inicia o relato cronológico de sua vida, desde 1970, quando tinha 21 anos e ainda era virgem. Conhecer o trambiqueiro Chuck, nessa época, foi determinante para sua vida.

Bastidores

Envolvido em drogas, prostituição e pornografia, esse que viria a ser seu marido foi quem lhe ensinou a praticar sexo oral, justamente a habilidade que catapultaria Lovelace ao estrelato, numa famosíssima cena do filme pornô “Garganta Profunda” (Deep Throat, 1972). Esse filme foi um divisor de águas para a indústria desse gênero, conquistando bilheteria digna de lançamentos de filmes comerciais, até mesmo no Brasil.

A narrativa trilha, até então, o caminho padrão de biografias levadas para as telas. Porém, dá uma guinada depois que a linha do tempo da história de Lovelace chega ao lançamento do livro autobiográfico da atriz. Então, o filme revela o que aconteceu, de fato, nesses anos imediatamente anteriores até pouco depois do sucesso de “Garganta Profunda”.

Seu marido Chuck agredia, estuprava, e ainda prostituía Lovelace, vendendo-a até para sexo grupal. Ele a obrigou a fazer o filme pornô, e só conseguiu sobreviver porque foi socorrida pelo produtor do filme, Anthony Romano. Linda, na pele de Lovelace, atuou por 17 dias em sua carreira, em apenas um filme, que arrecadou US$ 600 milhões, mas que lhe reverteu míseros US$ 1.250, apesar de toda a fama.

Direção e elenco

Rob Epstein e Jeffrey Friedman, a dupla de diretores de “Lovelace”, são conhecidos por seus documentários. Entre eles, “O Outro Lado de Hollywood” (The Celluloid Closet, 1995), que descortinavam outra realidade dos filmes norte-americanos: a do homossexualismo. Eles não inovam na forma neste longa ficcional sobre a mais famosa atriz pornô de todos os tempos, exceto por optar por revelar o lado negro de Chuck somente depois da metade do enredo.

Acertam na escolha de Amanda Seyfried para o papel principal, porque é uma atriz bonita, mas não deslumbrante, e  a própria Lovelace era assim, ambas donas de uma boca avantajada. Seyfried consegue começar o filme bela e perder a beleza conforme entra no mundo pornô e sofre as atrocidades do marido. Mas, este, interpretado por Peter Sasgaard, não consegue impor o tom ameaçador que o personagem demanda, sendo essa uma das maiores falhas de “Lovelace”. Com esse ingrediente, o filme ganharia uma textura de suspense que manteria o espectador tenso pelo risco eminente representado por Chuck. Contudo, nem mesmo a presença camaleônica de Sharon Stone, irreconhecível como a mãe de Linda, consegue elevar o filme além de uma biografia documentada.


Lovelace (filme)
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