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Mad Max: Estrada da Fúria (filme)
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Mad Max: Estrada da Fúria

Avaliação:
9/10

9/10

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Crítica | Ficha técnica

Apesar de seus 120 minutos de duração, a ação é ininterrupta. Talvez nem dez minutos existam de sequências calmas nele. De fato, “Mad Max: Estrada da Fúria” não perde tempo para explicar qual a conexão com os filmes anteriores da franquia. Max está lá, bem como o deserto pós-apocalíptico. Juntamente, estão os incríveis carros adaptados para esse difícil terreno. Além disso, o conflito envolve a luta por combustível e água. Por fim, novos personagens entram em cena. Então, juntando tudo isso, é adrenalina pura.

E o mais inovador de “Mad Max: Estrada da Fúria”, em relação aos filmes anteriores da franquia, é a concentração na força das personagens femininas. Com isso, conquistou muitas críticas positivas, e levou a prêmios como de melhor filme pelo Boston Online Film Critics e melhor diretor (George Miller) pelo Los Angeles Film Critics Association.

O protagonista e as protagonistas

Max (Tom Hardy), claro, é o protagonista. Porém, ele se encontra capturado pelos soldados de Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne) e muito próximo da morte. Porém quem inicia a luta pela liberdade sua e de suas companheiras é Furiosa (Charlize Theron), na direção de um poderoso caminhão de combustível. Em certa cena, Max tenta por duas vezes atirar no inimigo que se aproxima em alta velocidade, e entrega a arma, com a última bala disponível, para Furiosa, que acerta o alvo com precisão. Na mesma linha, os sobreviventes do povo de Furiosa são mulheres.

Porém, Max talvez não elimine os fantasmas que o perseguem em sua cabeça, daqueles que ele não conseguiu salvar. Afinal, seu plano de voltar a Citadel acaba levando à morte de alguns dos membros do povo de Furiosa.

30 anos depois

Na verdade, muitos estavam céticos quanto a esta retomada da franquia, por vários motivos. Afinal, o último filme da trilogia inicial foi lançado há muito tempo: 30 anos. E foi uma decepção, fantasiando a estória e tornando-a mais pop e suave – contava até com a cantora Tina Turner como uma das vilãs. Por outro lado, a presença do diretor original, George Miller, não garantia a retomada do clima visceral. Afinal,  seus últimos trabalhos incluíam “Babe – O Porquinho Atrapalhado na Cidade” (Babe: Pig in the City, 1988), e os dois filmes de animação de Happy Feet, lançados em 2006 e 2011.

De cara, os primeiros minutos de “Mad Max: Estrada da Fúria” derrubam qualquer dúvida. Definitivamente, Mad Max estava de volta, retomando as características dos dois primeiros filmes da franquia. Agora, com visual moderno, com pitadas de horror nas aparições dos fantasmas que atormentam Max, e cores sépias, como usadas em  “300” (2006), lembrando graphic novels. Adicionalmente, com muita ação e violência.

Nesse sentido, ajuda ainda a caracterização do vilão Immortan Joe. Tal como o icônico Darth Vader, ele respira ofegantemente com a ajuda de uma máscara que lembra uma caveira. Além disso, outros vilões deformados elevam a tensão do enredo. Aliás, o personagem que toca guitarra com amplificadores gigantes em um dos carros turbinados, é alucinante.

Tom Hardy e Charlize Theron

O ritmo frenético não é suficiente para esconder as ótimas atuações de Tom Hardy, que durante boa parte das sequências iniciais usa uma máscara. Dessa forma, lembrando seu personagem mais famoso, o Bane de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (The Dark Knight Rises, 2012). De fato, a voz marcante, trabalhada via modificador de vozes, confere um tom épico a Max. Além dele, Charlize Theron, como já havida provado desde “Monster: Desejo Assassino” (Monster, 2003), enterra seu passado de modelo para personificar Furiosa, uma guerreira obstinada, forte, careca e sem o antebraço.

Por fim, o sucesso de crítica e público já detonaram o anúncio oficial da sequência “Mad Max: The Wasteland”, ainda sem data definida, e que contará com Tom Hardy.


Mad Max: Estrada da Fúria (filme)
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