Pesquisar
Close this search box.
Magnatas do Crime (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Magnatas do Crime

Avaliação:
7/10

7/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

Magnatas do Crime reforça Guy Ritchie como diretor de filmes de grande orçamento, já distante da ousadia do cinema independente onde começou sua carreira. Aliás, aquele seu estilo nervoso de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (1998) e Snatch: Porcos e Diamantes (2000) não cabe mais em filmes como Aladdin (2019), seu trabalho anterior.

Porém, havia certa expectativa que Magnatas do Crime trouxesse um pouco do Guy Ritchie visceral de antigamente. Afinal, o tema do filme permitiria isso. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, envolve os magnatas do crime (do título nacional) se enfrentando numa luta pelo poder não revelada. O delito principal do negócio envolve drogas, especificamente, grandes plantações de maconha na Inglaterra que o empreendedor Michael Pearson (Matthew McConaughey) está vendendo para Matthew (Jeremy Strong). Porém, uma quadrilha de poderosos chineses entra na disputa. Apesar da aparência refinada dos envolvidos, as desavenças são resolvidas na violência.

De fato, Magnatas do Crime possui generosa dose de violência. Execuções à queima-roupa, tiroteios, brigas, enfim, matéria-prima suficiente para Guy Ritchie trabalhar. Essas sequências de ação demonstram a crueldade dos bandidos e conseguem empolgar. Porém, se posicionam mais perto do tiro higiênico da mini pistola dourada que vemos em uma das cenas do que das metralhadoras que vemos na mão de Ray (Charlie Hunnam), o capanga de Pearson.

Ritmo alternante

O filme começa empolgante, cheio de estilo, com um prólogo com ritmo ágil, numa montagem com cortes rápidos, e um final surpresa e instigante. Ademais, toda essa sequência fica ainda melhor acompanhada da maravilhosa música “Cumberland Gap”, de David Rawlings, que embala os créditos iniciais.

Contudo, o ritmo de Magnatas do Crime se torna lento demais justamente por causa do diferencial que o torna distinto de outros filmes sobre gangues de traficantes. Para começar, o que move a narrativa é a tentativa do trambiqueiro Fletcher (Hugh Grant) em chantagear Pearse, vendendo essa ideia para Ray. Nesse processo, Fletcher procura convencer Ray que sabe de tudo o que está por trás dos negócios sujos desses chefões do crime. Então, faz isso como se estivesse num pitching do seu roteiro sobre essa estória.

Enfim, essa conversa reduz o ritmo do filme com muita falação. Além disso, o pior são as hipóteses que aparecem na tela, e que depois são desmentidas. Isso se torna frustrante porque, em muitos desses casos, vemos uma boa cena de ação que, na verdade, não acontece de fato, é apenas uma suposição.

Com isso, Magnatas do Crime se torna um filme irregular. Por um lado, traz algumas boas cenas de ação, porém elas são prejudicadas por muita falação e traição ao espectador, nessa tentativa de apresentar uma narrativa original.


Magnatas do Crime (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo