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MANK: O FILME DE DAVID FINCHER PARA A NETFLIX

David Fincher filmando Mank
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Com estreia programada para 4 de dezembro, Mank é o primeiro filme da Netflix dirigido por David Fincher.

O diretor de Garota Exemplar, A Rede Social, O Curioso Caso de Benjamin Button, Zodíaco, entre outros, não é novidade para a Netflix. Fincher já dirigiu episódios de séries produzidas pela empresa de streaming. Foram dois episódios de House of Cards e sete de Mindhunter. À frente de um longa-metragem, porém, é a sua primeira vez.

O título é o diminutivo para “Mankiewicz”, e se refere a Herman J. Mankiewicz. O filme acompanha o processo de desenvolvimento do seu roteiro para o clássico Cidadão Kane no final dos anos 1930. Herman foi premiado com o Oscar de melhor roteiro pelo filme, mas ficou menos conhecido que seu irmão, o diretor e roteirista Joseph L. Mankiewicz, vencedor de quatro Oscars e que foi mais longevo, morrendo aos 83 anos. Herman faleceu aos 55.

Leia a crítica do filme aqui.

Elenco e aspectos técnicos

Além do renomado diretor, Mank conta também com um elenco estrelado. Gary Oldman faz o papel de Herman, Amanda Seyfried o da atriz Marion Davis e Lily Collins interpreta Rita Alexander. Estão também no filme os atores Tuppence Middleton (como Sara Mankiewicz), Charles Dance (como William Randolph Hearst) e Tom Burke (como Orson Welles).

Para se manter fiel às produções da época retratada, Mank possui fotografia em preto e branco e som mono.

Fincher afirma em entrevista à New York Magazine: “Anos atrás, comecei a conversar com Ren Klyce, que é o designer de som, sobre como queríamos dar a impressão de que o filme foi encontrado nos arquivos da UCLA, ou no porão de Martin Scorsese, a caminho da restauração. Tudo foi comprimido e feito para soar como a década de 1940. A música foi gravada com microfones mais antigos, então tem uma espécie de chiado ao redor das bordas. É como um cinema antigo projetando um filme”.

Sobre o aspecto visual, o diretor explica: “Visualmente, sabíamos que faríamos a captação do filme em super alta-resolução para depois degradá-lo. Então aplicamos o soft focus numa medida absurda para tentar igualar o visual da época. Provavelmente perdemos dois terços da resolução para fazê-la ter a mesma sensação, e ainda colocamos pequenos arranhões, furos e queimaduras de cigarro.” O filme traz outra marca da antiga Hollywood, que são as marcas circulares de mudança de rolo.

O roteiro de Mank é de autoria de Jack Fincher, pai do diretor que faleceu em 2003. A intenção era realizar o filme após Vidas em Jogo (1997), mas o projeto não foi aprovado porque o estúdio não aceitou filmá-lo em preto e branco.

Como resultado, Mank é cotado para dar uma terceira indicação ao Oscar para David Fincher. E deve ser uma opção superior ao semelhante Filmando Casablanca (Curtiz, 2018), também produzido pela Netflix.

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