Pesquisar
Close this search box.
Mata Hari (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Mata Hari

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Filme sobre a espiã Mata Hari, que levava informações para a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, até ser descoberta e condenada à morte. A historia se passa em Paris em 1917, mas a maior atração da película é a presença da atriz Greta Garbo.

A atriz sueca conquistou fama de mito no cinema com seus atributos físicos e sua personalidade. Mesmo assim, possuía beleza diferente dos padrões da época. Apesar de seu rosto perfeito, seus ombros eram largos e seu corpo não tinha curvas. Essa mistura de androginia e frieza correspondiam perfeitamente a sua atitude reclusa, que a fez abandonar a carreira prematuramente aos 36 anos.

Então, “Mata Hari” explora as qualidades de Garbo, em um papel que demanda essa frieza e atitude pouco feminina (para a época). Afinal, a espiã colocava sua missão à frente de qualquer outra coisa. Para tal, abusava de seu poder de sedução para conseguir enganar os homens em busca das informações secretas que devia reportar.

Isso até se apaixonar pelo tenente russo Alexis Rosanoff (Ramon Novarro), a quem se entrega em uma noite de amor que lhe custará o disfarce. Esta sequência guarda o talvez único grande momento do filme, quando Mata Hari exige que Rosanoff apague a vela que o protege do mal. Simbolicamente, ao extinguir essa chama, o soldado fica à mercê da perversidade da espiã. Ainda adjunta a essa cena, há uma tentativa de inserir uma influência do expressionismo alemão, ao mostrar o militar francês Dubois (C. Henry Gordon) invadir o prédio de Rosanoff pelo teto, com muitas sombras e ângulos inclinados ao redor.

Teatralidade

No mais, o filme é teatral demais. Um pouco pelo estilo de atuação de Greta Garbo, mas principalmente pela ausência de ação, onde os acontecimentos são relatados através dos diálogos. Além disso, não há música incidental, apenas diegética, o que aumenta a sensação de ritmo lento com conversações demais.

Mesmo assim, “Mata Hari” guarda a cena antológica da dança da espiã, trajando vestido colado o corpo. Aliás, para quem curte figurinos exóticos, Garbo exibe uma coleção deles durante o filme, muitas vezes expondo seus largos ombros e costas.

Enfim, o ponto dramático mais forte encontramos perto da conclusão, antes da espiã ser executada, na despedida a seu amado. É aí que vemos a qualidade da atriz Greta Garbo, cuja expressão de sofrimento corta o coração.


Ficha técnica:

Mata Hari (Mata Hari, 1931) 89 min. Dir: George Fitzmaurice. Rot: Benjamin Glazer e Leo Birinsky. Com Greta Garbo, Ramon Novarro, Lionel Barrymore, Lewis Stone, C. Henry Gordon, Karen Morley, Alec B. Francis, Blanche Friderici, Edmund Breese, Helen Jerome Eddy, Frank Reicher.

Assista ao trailer de Mata Hari.

Onde assistir:
Mata Hari (filme)
Mata Hari (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo