O Céu da Meia-Noite (filme)
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O Céu da Meia-Noite

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

O Céu da Meia-Noite leva para o Ártico mais um futuro distópico.

A trama

Em 2049, o cientista Augustine é o único que permaneceu num observatório no Circo Polar Ártico. Após um incidente que contaminou o ar da Terra, todos fugiram da superfície para se refugiarem em abrigos subterrâneos, mas por um tempo indeterminado.

Essencialmente, O Céu da Meia-Noite trabalha três situações em sequências que se alternam na tela.

Assim, uma delas foca no empenho pessoal de Augustine, interpretado por George Clooney, que também é o diretor do filme. Junto com uma menina que encontra no observatório, ele tenta se deslocar pelas perigosas geleiras até uma estação meteorológica. Apesar dos perigos, ele precisa chegar até lá para se comunicar com uma nave espacial que está retornando para a Terra, e, assim, avisar seus tripulantes sobre a situação catastrófica do planeta.

Em paralelo, o filme mostra os tripulantes dessa nave. A princípio, a missão deles foi bem sucedida, e eles confirmaram as condições favoráveis para os humanos em um planeta distante. Porém, o caminho de retorno para casa apresenta várias situações de risco.

Por fim, há também um flashback de vários momentos da vida de Augustine. Especificamente, são retratos de sua evolução obsessiva pela ciência, enquanto sua vida amorosa é relegada a segundo plano.

Eventualmente, essas três situações se entrecruzam na parte final do filme, que guarda uma surpresa inesperada.

Referências

Como se pode conferir, história de O Céu da Meia-Noite não é totalmente original. Por exemplo, o relacionamento entre pai e filha repete o que vimos em Interestelar (2014), que, aliás, abordava também a busca por um novo planeta para a humanidade. Sob outro ângulo, o filme toca no antagonismo entre espiritualismo e ciência, um dos aspectos do clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968).

Com certeza, parte do público reclamará do ritmo lento de O Céu da Meia-Noite. Afinal, durante a sua primeira hora, o filme se concentra em apenas apresentar as situações e seus personagens, inclusive, num tom bem frio. Então, na segunda metade, surgem as cenas de ação, acelerando o andamento da estória. Afinal, Augustine e a menina se enfrentam vários perigos para alcançar a estação meteorológica, e a nave espacial se arrisca em trechos com tempestade de meteoros.    

Além disso, a segunda metade do filme também reserva alguns momentos divertidos. Entre eles, aquele quando os tripulantes da nave cantam “Sweet Caroline”, de Elvis Presley.

A direção de George Clooney

Quanto à direção, em seu sétimo trabalho em longa-metragem, George Clooney constrói eficientemente diferentes climas em O Céu da Meia-Noite. Já no início, coloca uma sequência de planos de curta duração, sem diálogos ou narração, destacando a arquitetura do observatório, a fim de descrever em imagens a solidão de seu personagem principal. Em sentido contrário, revela a camaradagem entre a tripulação da nave e, ainda, a relação romântica entre o cientista e sua esposa.

Concluindo, O Céu da Meia-Noite se posiciona entre as ficções-científicas cerebrais e aquelas que privilegiam a ação. Apesar disso, não consegue agradar a todos.

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Ficha técnica:

O Céu da Meia-Noite (The Midnight Sky) 2020. EUA. 118 min. Direção: George Clooney. Roteiro: Mark L. Smith. Elenco: George Clooney, Felicity Jones, David Oyelowo, Tiffany Boone, Demián Bichir, Kyle Chandler, Caoilinn Springall, Sophie Rundle.

Distribuição: Netflix.

Trailer:

Saiba mais sobre o filme O Céu da Meia-Noite aqui.

Onde assistir:
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