Planeta dos Macacos: A Guerra (filme)
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Planeta dos Macacos: A Guerra

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Parece que 2017 foi o ano das sequências decepcionantes. Kingsman: O Círculo Dourado, Star Wars: Os Últimos Jedi e este Planeta dos Macacos: A Guerra ficaram abaixo das expectativas.

A última parte da trilogia de Planeta dos Macacos começa mal, com um longo texto para situar o espectador. É verdade que, em meio ao bombardeio de informações que o espectador é submetido atualmente, relembrar onde parou a estória é necessário. Porém, apelar para uma descrição escrita na tela deveria ser o último recurso. Uma solução visual seria muito mais cinematográfica e, consequentemente, amigável para quem está assistindo.

Em suma, depois da batalha em Planeta dos Macacos: O Confronto (2014), um novo vírus se desenvolveu e os humanos correm o risco de retornarem a um estado primitivo, mais próximo dos animais selvagens. Ou seja, sem a habilidade da fala. O chimpanzé Caesar e seu povo se refugiam na floresta, e não querem a guerra contra os humanos. Estes, porém, são comandados pelo Coronel (Woody Harrelson), um sanguinário militar traumatizado pela morte de seu filho, que quer vingança contra os símios. Ele próprio executa o plano de invadir o refúgio de Caesar, onde assassina a família do líder dos macacos. Então, Caesar parte em busca de sua vingança. No entanto, quando encontra a base militar do Coronel, descobre que sua tribo foi aprisionada após sua saída. Agora, ele precisa trabalhar um plano de fuga para salvar sua raça.

Política

Sob certo aspecto, há uma tímida tentativa de relacionar o filme com a política atual dos Estados Unidos. O Coronel está usando os macacos presos para construir um muro para protege-lo do ataque dos outros humanos que são contra o comportamento genocida do Coronel. Ou seja, trata-se de uma alusão ao muro que Donald Trump prometeu construir na fronteira com o México. Nesse sentido, há uma paródia da extrema direita militarizada na imagem da tropa do Coronel clamando insanamente pela guerra.

Defeitos

O primeiro defeito fatal do filme fica evidente quando saímos da posição dos soldados humanos entrando na floresta e surpreendidos pelos macacos e somos colocados na posição de Caesar. Afinal, enquanto nos identificamos com os humanos, o suspense é forte, porque os macacos, sempre ameaçadores, podem atacar a qualquer momento. Já na pele dos chimpanzés, a identificação não acontece, mesmo com o assassinato da família de Caesar.

Fora isso, algumas propostas não funcionam. Por exemplo, o poderoso Coronel dificilmente executaria pessoalmente o plano de invadir o refúgio de Caesar e seu povo, para ali assassinar a família dele. Ademais, a ideia de a menina entrar na prisão e salvar Caesar é um pretexto forçado demais para ela esquecer ali sua boneca que será a chave para a queda do Coronel. É muito difícil, também, acreditar que naquele campo de prisioneiros apenas um guarda vigiava a ala dos macacos à noite, e que ele desceria sozinho para descobrir quem havia jogado bosta em seu rosto.

Por outro lado, uma sequência praticamente remonta aquela cena de Guerra nas Estrelas (1977). Estamos falando sobre o momento em que  Luke Skywalker olha pelos binóculos dois cavalos selados, parados sem ninguém montado em cima. Então, é surpreendido com a imagem em zoom dos alienígenas proprietários dos cavalos, em posição de ataque.

Enfim, Planeta dos Macacos: O Confronto fecha com decepção o último filme de uma trilogia. Que começou muito bem com Planeta dos Macacos: A Origem (2011), com direção de Rupert Wyatt, e mantivera o nível com Planeta dos Macacos: O Confronto, de Matt Reeves, o mesmo deste último capítulo.

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Ficha técnica:

Planeta dos Macacos: A Guerra (The War For The Planet Of The Apes, 2017) EUA/Canadá, 140 min. Dir: Matt Reeves. Rot: Mark Bomback, Matt Reeves. Com Andy Serkis, Woody Harrelson, Judy Greer, Steve Zahn, Sara Canning, Ty Olsson, Max Lloyd-Jones, Terry Notary, Aleks Paunovic.

20th Century Fox

Trailer:

Assista: Academy Conversations sobre Planeta dos Macacos: A Guerra

Onde assistir:
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