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Regressão (filme)
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Regressão

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Conduzir o espectador por um caminho, para no final apresentar uma revelação totalmente diferente faz parte da arte do cinema. O próprio diretor de “Regressão”, Alejandro Amenábar, realizou isso com maestria em “Os Outros” (The Others, 2001). Porém, para esse truque funcionar, a surpresa deve ser desconcertante e representar uma conclusão acima do que se estava esperando. Não é o que acontece aqui.

A história se baseia em fatos reais acontecidos numa pequena cidade do estado de Minnesota. No filme, usaram o nome de uma cidade fictícia, Hoyer. Acompanhamos a câmera subjetiva sob o ponto de vista de Bruce (Ethan Hawke), policial encarregado de investigar o estranho caso da família Gray, quando a garota de dezessete anos Angela (Emma Watson) foge para a igreja local do reverendo Beaumont (Lothaire Bluteau). Lá, escreve um depoimento alegando ter sido abusada sexualmente pelo próprio pai, John Gray (David Dencik).

Conforme Bruce avança nas investigações, vai-se convencendo que algo mais grave acontece não só na família, mas também na comunidade. Afinal, ele percebe que os Gray são muito estranhos. O pai confessa o abuso na delegacia. Sua esposa morreu misteriosamente em um acidente de trânsito. O filho mais velho fugiu para Pittsburg, porque o pai bebia muito.  A mãe de John, aliás, também é alcoólatra e a casa vive imunda e cheia de gatos.

O policial Bruce mergulha nos depoimentos de Angela, descobrindo uma seita satânica que envolve missas negras perturbadoras, com sacrifícios humanos, torturas, estupros. Com o auxílio de um psiquiatra, vivido por David Thewlis, que usa a técnica de hipnose regressiva, consegue arrancar os horrores escondidos dentro de Angela e seu irmão.

Direção e elenco

Imagens horríveis surgem nas telas, frutos de duas sequências de sonhos de Bruce. Apesar de elas terem sua função no filme, de mostrar como o caso afeta psicologicamente o policial, acabam frustrando o espectador, porque, afinal, representam as cenas mais fortes de “Regressão”, e são apenas frutos da imaginação.

Embora não apareça muito, Emma Watson (da série Harry Potter) se destaca, ao entregar uma atuação desconcertante. Assim, consegue o efeito de incutir uma certa dubiedade no espectador, sem nada revelar da conclusão.

O diretor Alejandro Amenábar falha ao usar elementos comuns a filmes de terror, como câmera subjetiva, imagens distorcidas, música tenebrosa, criando uma expectativa falsa. Com isso, torna a revelação final um banho de água gelada.


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