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Roda do Destino (filme)
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Roda do Destino

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

O diretor Ryusuke Hamaguchi apresenta três dramas com protagonistas femininas em seu novo filme, Roda do Destino. Assim, repete a perspectiva de seus últimos longas Asako I & II (2018) e Happy Hour (2015).

As histórias

A primeira história tem o título de “Mágica (ou algo menos assegurado)” – em tradução livre. Meiko percebe que sua melhor amiga está apaixonada por seu ex-namorado, e corre ao seu encontro para esclarecer que ainda o ama. Este talvez seja o segmento mais cinematográfico do filme, dividido em três atos e com um inesperado recurso que diferencia a fantasia da realidade. Ou melhor, fantasia ou a visualização de Meiko sobre o a opção de evitar o namoro da sua melhor amiga com seu ex. Após essa breve consideração, interrompida por um zoom rápido e desconcertante, ela resolve sair do caminho desse casal promissor.

Em “Porta Bem Aberta” (tradução livre), a jovem mulher casada Nao aceita ajudar seu amante num plano para ele se vingar do ex-professor. Durante a execução, ela desiste, mas um erro a faz prejudicar o professor e ainda causa o seu divórcio. Cinco anos depois, Nao reencontra o jovem amante, que acha graça do que aconteceu. Porém, para Nao, significou sua ruína. O beijo roubado no final da história pode revelar que a conversa serviu para ela se assumir como uma mulher livre que quer dar vazão aos seus desejos sexuais – ela já agia assim antes do ocorrido, mas com sentimento de culpa.

O terceiro capítulo, “Mais uma vez” (tradução livre) se passa numa atualidade alternativa, em que um vírus provocou a descrença na tecnologia online. Na saída do metrô, duas mulheres se confundem como antigas amigas da escola. Só descobrem que se enganaram quando já estão tomando chá na casa de uma delas. Porém, ao invés de se afastarem, optam por trocar segredos represados por décadas.

Profundo

Os três segmentos trazem conversas profundas e extensas, através das quais os personagens se desnudam de suas aparências, e se encontram com suas verdadeiras essências. As narrativas são fortemente estruturadas, inclusive com prólogos cruciais para o enredo.

Assim,no prólogo da primeira história, a sessão de fotos estabelece a protagonista, ainda na sua camada mais superficial. Na segunda, na introdução conhecemos o professor e o aluno que se sente humilhado por ele, o que provocará a raiva que moverá a trama. Por fim, a reunião de ex-alunos revela a personalidade arredia da protagonista, bem como sua presença apenas como tentativa de rever a melhor amiga do passado.

Em suma, Roda do Destino é um filme sobre relacionamentos, tratados com profundidade em três histórias bem diversas. No Festival de Berlin, venceu o Grande Prêmio do Júri.


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