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Sicario: Terra de Ninguém
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Sicario: Terra de Ninguém

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

A sequência inicial de “Sicario: Terra de Ninguém” atinge forte o estômago do espectador, até mesmo daqueles acostumados ao gênero policial. E a dureza não se apoia apenas nas imagens, mas na narrativa em si. Na verdade, é um começo que prepara para o que está por vir.

Kate Macer (Emily Blunt) e seus companheiros do FBI invadem uma fazenda suspeita em Chandler, Arizona. Então, se surpreendem ao encontrar mais de 35 cadáveres recentemente assassinados e escondidos entre as paredes. A reação dela, ao passar mal diante de tal cenário, denuncia sua inexperiência na função, fato essencial para a estória do filme.

Missão de retaliação

Essa missão do FBI acaba por descobrir, inadvertidamente, um importante elo de um dos mais importantes cartéis de tráfico de drogas do México. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicita, então, a participação de Kate em uma missão de retaliação, a qual ela aceita. Com Matt Graver (Josh Brolin) como líder da operação, auxiliado por um misterioso personagem chamado Alejandro (Benicio del Toro), Kate conhecerá uma dura realidade da luta contra o tráfico.

Logo, o combate se aproxima mais de uma ação militar que policial. Como numa guerra, muitos limites são ultrapassados. Alejandro se revela um torturador com desejos de vingança pessoais. Descobrem que é possível invadir o México para conseguir chegar até os chefões dos cartéis, e Kate é salvo conduto para essa permissão.

Ingenuidade

A brutalidade da missão, seja pelos atos violentos, como pelos métodos antiéticos, expõe a Kate sua ingenuidade. Enfim, ela percebe que está sendo usada como se fosse um objeto, ou um documento. E isso em nada se relaciona com suas qualificações profissionais ou atitudes pessoais, como pensava de início.

DA mesma forma, o vazio que Kate sente alcança também os espectadores, principalmente pela arrasadora atuação de Emily Blunt, num papel distante dos seus filmes anteriores, como “O Diabo Veste Prada” (The Devil Wears Prada, 2006) e “Caminhos da Floresta” (Into the Woods, 2014). Arrasada mentalmente, sua Kate Macer se esmorece ao longo da estória diante de seu desapontamento pessoal.

Além dela, no elenco se destacam também Benicio del Toro, como o violento torturador de semblante e voz serenas, e Josh Brolin, no papel do cínico Matt Graver.

Por fim, em meio à brutalidade de “Sicario” (palavra que significa matador de aluguel em mexicano), o diretor Denis Villeneuve, de “Os Suspeitos” (Prisoners, 2013), permite um alívio ao espectador somente nas belas imagens dos céus, principalmente ao entardecer.

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Ficha técnica:

Sicario: Terra de Ninguém (Sicario, 2016) 121 min. Dir: Denis Villeneuve. Rot: Taylor Sheridan. Com Emily Blunt, Josh Brolin, Benicio del Toro, Victor Garber, Jon Bernthal, Daniel Kaluuya, Jeffrey Donovan, Raoul Max Trujillo, Julio Cedillo, Hank Rogerson, Bernardo Saracino, Maximiliano Hernández, Kevin Wiggins, Edgar Arreola, Kim Larrichio, Sarah Minnich.

Leia também: crítica de Sicario: Dia do Soldado

Assista: Denis Villeneuve fala sobre Sicario; Terra de Ninguém

Onde assistir:
Sicario: Terra de Ninguém
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