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Sing: Quem Canta seus Males Espanta

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Sing: Quem Canta seus Males Espanta”: personagens cativantes em ritmo irregular

A animação “Sing: Quem Canta seus Males Espanta” transporta o ambiente das competições de talento para o cinema, especificamente, um concurso de melhores cantores promovido pelo proprietário de um teatro, Buster Moon, a fim de atrair público para a casa. O que seria um evento acanhado acaba atraindo enorme interesse porque sua atrapalhada secretária publica o prêmio para o vencedor equivocadamente com valor muito superior.

O filme encontra uma boa solução para um desafio inerente à trama, que é o de apresentar os vários personagens que participarão da competição dando-lhes personalidade suficiente para conquistar a identificação do espectador. A fim de ganhar agilidade nessa etapa, “Sing” introduz um recorte do momento em que cada um deles fica sabendo do torneio, em cenas separadas, espertamente ligadas por um travelling acelerado, ao invés de usar outra forma de corte mais tradicional.

Bichos humanizados

O cenário se assemelha ao da animação “Zootopia”, da Disney, com bichos habitando as cidades no lugar de pessoas. Assim, Buster Moon é um coala. Entre os candidatos, Rosita é uma porca dona de casa com dezenas de filhos, e acaba competindo junto com um parceiro da mesma espécie, Gunter. Mike, é um rato branco tipo Frank Sinatra, não só no estilo de cantar como na vida boêmia, malandra e com muitas fêmeas. A adolescente Meena é uma elefanta tímida demais que entra na equipe, a princípio, somente como assistente de produção. Ash é uma porca-espinha roqueira que perde o namorado e companheiro musical quando é selecionada sozinha para competir. E, finalmente, Johnny é um jovem gorila que não quer seguir os passos de seu pai, que ganha a vida praticando assaltos.

Todos os personagens são interessantes e conseguem cativar o público. Todos possuem um lado questionável, como a mãe que deixa de dar a atenção devida à família, o rapaz que participa de roubos com o pai, a roqueira que prefere seguir sozinha, a tímida que não tem forças para vencer seu medo, e, principalmente, o vigarista e arrogante malandro da noite. Até mesmo o protagonista Buster mente para salvar seu teatro. Não encontramos personagens totalmente do bem, mas eles acabam se transformando com a experiência do concurso. Essa característica de personagem com falhas tem sido visto em outros filmes da mesma criadora, a Ilumination, responsável por “Meu Malvado Favorito” e “Pets”.

Cadê a música?

Mas um dos pontos indiscutivelmente fracos de “Sing” é a falta de música num filme por essência musical. Essa ausência é particularmente sentida no momento em que tudo parece perdido para Buster Moon, quando o longa perde o ritmo e perde a atenção do público. A apresentação dos números musicais dos candidatos demora a acontecer. Nesse quesito, “Trolls” soa mais eficiente, com ritmo rápido e canções em maior quantidade e melhor selecionadas.


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