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Caçador de Morte (filme)
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Caçador de Morte

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

“Caçador de Morte” é um filme policial com espetaculares perseguições de carros. É o segundo filme do diretor Walter Hill, que se tornaria um especialista em filmes de ação, como “Os Selvagens da Noite” (1979) e “48 Horas” (1982).

Ryan O’Neal interpreta um talentoso motorista que ganha a vida alugando seus serviços para ajudar bandidos na fuga em assaltos. Em seu encalço está o detetive vivido por Bruce Dern. Este resolve arriscar sua carreira para capturá-lo. Por isso, arma uma cilada em que um preso finge sua contratação para um roubo a banco. Contudo, o motorista descobre a armação e coloca todos os envolvidos em risco.

Como pontos altos, “Caçador de Morte” apresenta três perseguições de carros filmadas nas ruas de Los Angeles. As duas primeiras tendo o protagonista como perseguido e a terceira com ele no lado ativo. As três sequências funcionam porque buscam situações diferentes e possuem ritmo ágil. O resultado é de fazer prender a respiração. Mesmo numa sequência que não é uma perseguição, mas apenas uma demonstração da habilidade do motorista, em uma garagem de prédio, a preocupação para tornar as cenas emocionantes é latente. Por exemplo, nelas, a rápida montagem insere tomadas incríveis do lado esquerdo e do lado direito, quando ele destrói as portas do carro.

Bullit

O filme lembra muito o clássico “Bullit” (1968), de Peter Yates. Basta trocar as ruas de São Francisco pelas de Los Angeles, Steve McQueen por Ryan O’Neal e Jacqueline Bisset por Isabelle Adjani, ambas atrizes europeias em busca de uma carreira em Hollywood. Porém, não consegue ser tão bom quanto, principalmente porque O’Neal não tem o carisma de McQueen.

Além disso, a personagem de Adjani não faz sentido nenhum. Ela ajuda o motorista, e este a ignora completamente, sem deixar que exista qualquer relação entre eles. Enquanto isso, a personagem coadjuvante que realmente se destaca é a informante interpretada por Ronee Blakley. Aliás, o roteiro teria acertado em mesclar essas duas personagens femininas em uma só, que se tornaria mais consistente.

Por outro lado, vale notar que Walter Hill, ao escrever o roteiro, optou por não dar nome a nenhum dos personagens. Isso se repetiria muitos anos depois, no alegórico “Mãe!” (Mother!, 2017), de Darren Aronofsky.

Sem dúvida, “Caçador de Morte” garante uma hora e meia de muita ação. Em especial, por suas eletrizantes perseguições, produzidas com carros de verdade pilotados por dublês, o que resulta em uma autenticidade que há alguns anos a computação gráfica eliminou.


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