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Memories of the Sword (filme)
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Memórias da Espada

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Memórias da Espada”: belíssimo filme coreano traz ação e reflexão

Logo nas primeiras sequências de Memórias da Espada, descobrimos o que encontraremos neste filme sul-coreano. Inicialmente, nas coloridas plantações de girassóis por onde a garota Hong-yi (Go-eun Kim) corre. Ao encontrar um pé muito alto dessa flor, desafia-se e consegue saltá-la. Em seguida, em regozijo, pula sobre parte da plantação. Não um salto qualquer, mas quase voando. Com isso, imediatamente, sabemos que estamos diante de uma aventura no estilo de O Tigre e o Dragão (Crouching Tiger, Hidden Dragon, 2000).

E, como naquele filme de Ang Lee, as cenas de lutas são belíssimas, perfeitamente coreografadas. O fantasioso das pessoas sendo levitadas com cabos de aço invisíveis ajudam, e não atrapalham, a deixa-las mais empolgantes. O diretor Heung-sik Park mescla com maestria alta taxa de cortes por segundo e slow motion nos momentos de ação, como no primeiro combate de Hong-yi.

Essa produção caprichada, porém, embala uma história que não é das mais fáceis de se acompanhar. Temos que admitir que há um agravante cultural, pois não possuímos parâmetros que nos ajudem a memorizar os nomes coreanos dos personagens. Poong-chun e o casal Deok-ki e Seol-rang lideram uma rebelião contra o Rei da Dinastia Goryo, na Coréia medieval. Capturam o filho do Rei, e se apresentam em seu castelo para negociar os termos que aliviem o descontentamento do povo. Mas, Deok-ki trai seu colega e Poong-chun morre, assim como a mulher dele. A moça Seol-rang foge com a filha bebê de Poong-chun, planejando um dia se vingar de Deok-ki.

Muito tempo se passa, e Deok-ki se torna um poderoso líder. Embora tenha sacrificado seus olhos, Deok-ki resolve, enfim, colocar na prática sua vingança.

Simbolismos e drama

O filme é carregado de simbolismo, como o pano branco que se mancha de sangue quando Deok-ki fere Seol-rang, significando sua própria corrupção pelo poder. E de frases bombásticas em narrações dos personagens: “O que é certo, é certo para todos”, por exemplo. Diante desses elementos, o espectador não só se diverte com as cenas eletrizantes, como também é forçado a refletir.

O uso de slow motion extremo está também em cenas dramáticas – repare numa em que o bebê está chorando, e na sequência final. Além disso, o zoom da câmera nos combates resgata o que o cinema oriental fez muito nos anos setenta. Note até zoom in e out freneticamente conjugados no momento em que Hong-yi invade o castelo de Deok-ki.

Memórias da Espada possui beleza plástica impecável, mas sua trama demanda muita atenção do espectador.


Memories of the Sword (filme)
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