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Posto de Combate (filme)
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Posto de Combate

Avaliação:
8/10

8/10

Crítica | Ficha técnica

Posto de Combate surpreende com o seu poder de absorver o espectador nesse filme de guerra patriótico.

Tributo aos heróis

A intenção dos realizadores de Posto de Combate é clara: prestar tributo aos heróis do posto de Kamdesh, no Afeganistão. Em 2009, um pequeno grupo do exército nesse posto dos EUA enfrentou um ataque massivo de 400 talibãs. Apenas alguns sobreviveram, mas eles foram capazes de resistir até a chegada da tropa aérea americana, que finalmente derrotou o exército Talibã.

Tal intenção se confirma nos créditos finais, quando são apresentados depoimentos com os próprios heróis que viraram personagens do filme. Mas, ao longo do filme, isso já fica evidente no seu estilo. De uma forma até cansativa, Posto de Combate faz questão de colocar em letterings várias informações detalhadas sobre o acontecimento. Nesse sentido, aparecem não só os locais e as datas, mas também os nomes de todos os militares que aparecem na tela. Na verdade, esses dados acabam por tirar a surpresa da história, pois sabemos antecipadamente que o grupo no posto será massacrado. Aliás, o recurso entrega até o dia do ataque. Em suma, o filme quase se torna uma reconstituição do evento.

Filme de guerra

Apesar dessa intenção de honrar seus heróis e de seus efeitos na narrativa, Posto de Combate é um emocionante filme de guerra. Ao apresentar a chegada de um grupo do exército a Kamdesh em 2006, um deles logo percebe que o posto está pessimamente localizado. Afinal, ele se encontra num vale, ao pé das montanhas, de onde podem ser observados e facilmente atacados pelos inimigos. De fato, eles sofrem constantes investidas, o que deixa os soldados em constante ansiedade. E os espectadores também.

A fim de colocar o público dentro do posto, juntamente com o exército americano, o diretor Rod Lurie mantém os personagens como um grupo. Ainda que cada um tenha sua particularidade, o filme não se aprofunda na vida pessoal deles. Assim, a individualização se restringe as suas características dentro do posto. Como resultado, Posto de Combate foge da obrigação de entrar em concessões dramáticas. Em outras palavras, não precisa apelar para que o público goste deles. Adicionalmente, o ponto de vista é quase totalmente de dentro do posto, enfatizando a sua vulnerabilidade. E, de forma coerente, nunca adota a perspectiva dos Talibãs.

Vulnerabilidade

Com tudo isso, o espectador se sente tão ansioso, ou mesmo amedrontado, diante dos constantes ataques inimigos. Afinal, mesmo os disparos quase diários podem ser fatais. E, todos sabem que estão totalmente vulneráveis a um avanço massivo. Além disso, quando o Talibã realiza sua investida derradeira, a sequência é construída com competência, fazendo jus à câmera na mão presente desde o início. Aliás, esse estilo visceral se aproxima do quase experimental Redacted, em que Brian De Palma filmou como se tudo fosse visto por uma câmera de vídeo caseira.

Portanto, não se incomode com o patriotismo e vivencie os dramas desses heroicos guerreiros de Posto de Combate.

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Ficha técnica:

Posto de Combate (The Outpost) 2019. EUA/Bulgária. 123 min. Direção: Rod Lurie. Roteiro: Paul Tamasy, Eric Johnson. Elenco: Orlando Bloom, Caleb Landry Jones, Scott Eastwood, Jack Kesy, Cory Hardrict.

Distribuição: California Filmes.

Trailer:
Onde assistir:
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