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Spartacus (filme)
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Spartacus

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

Épico histórico de Stanley Kubrick, lançado um ano após Ben-Hur, sucesso de William Wyler que levou 11 Oscars, inclusive melhor filme e diretor. Spartacus foi menos premiado, conquistou 4 estatuetas: ator coadjuvante (Peter Ustinov), fotografia, direção de arte e figurino. Kirk Douglas, ator e produtor de Spartacus, queria provar que poderia fazer um filme à altura de Ben Hur, após o recusarem para o papel principal desse filme.

Então, vendem o rebelde Spartacus, um escravo dedicado a trabalhos forçados, para virar gladiador. Mas, forçado a uma luta até a morte, ele se revolta e lidera uma rebelião de escravos que marcha até Roma para enfrentar o poderoso exército do império.

Spartacus foi um dos primeiros roteiros corajosamente creditados a Dalton Trumbo, após quase vinte anos sem conseguir colocar seu nome nas telas, por ter sido incluído numa lista negra de comunistas. O produtor e ator Michael Douglas insistiu para que lhe dessem o crédito.

O escravo

O roteiro foca a trajetória de Spartacus, sempre revoltado por sua condição de escravo, tratado como se fosse um animal. O momento crucial de sua virada de mesa é a luta até a morte contra outro escravo (Woody Strode), este armado com uma rede e uma lança, simbolizando a caça a um animal. Spartacus se surpreende com a honra do seu adversário, que não se submete aos caprichos da esposa do romano Crasso. A partir dessa revelação, Spartacus lidera os companheiros escravos em direção à liberdade.

O filme mostra Spartacus libertando escravos em cada cidade que percorre, formando um exército cada vez maior. Mas o plano de atravessar o mar e sair da Itália é frustrado, e, então resolvem embarcar numa missão suicida e enfrentar o império romano.

Ao grupo se juntam Varinia (Jean Simmons), uma escrava por quem Spartacus havia se apaixonado, e Antoninus (Tony Curtis), que escapou da casa de Crasso depois que este tentou seduzi-lo. Esses dois se tornam as pessoas mais queridas de Spartacus.

Em uma cena memorável, Spartacus se emociona com a devoção de seus seguidores, que preferem morrer crucificados a revelar a identidade do seu líder.

Kubrick em grande produção

Esta foi a primeira grande produção do diretor Kubrick, que substituiu Anthony Mann. O produtor Kirk Douglas havia trabalhado com Kubrick em Glória Feita De Sangue (Paths Of Glory, 1957), por isso o escolheu. Porém, o ultra-controlador Kubrick não se adaptou a agir sob o comando de um produtor. Em algumas cenas, nota-se certo desleixo, algo incomum para o perfeccionista diretor – muitos cenários parecem artificiais demais, por exemplo.

O filme parece muito lento em alguns momentos, já que se enquadra dentro do gênero ação. Suas mais de três horas de duração poderiam ser reduzidas com uma boa edição. Há muita conversa redundante em certas sequências. Por outro lado, o épico traz belas cenas de amor entre Spartacus e Varinia, e incríveis batalhas. Não havia computação gráfica na época, e foram utilizados incríveis 8.500 extras nos combates. Além disso, ao contrário do que se vê hoje, as lutas não apresentam uma edição frenética, o que permite individualizar os confrontos individuais dos personagens principais.

Spartacus alterna momentos memoráveis e esquecíveis, empolgantes e enfadonhos, mas as boas sequências recompensam o sacrifício de sua extensa duração.


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