O diretor alemão Robert Schwentke tem mostrado talento para filmes de ação. Além deste Te Amarei Para Sempre, já dirigiu Plano de Voo (2005), Red: Aposentados e Perigosos (2010) e R.I.P.D. (2013). Mas, atenção! O titulo nacional, ainda que tenha coerência com o enredo do filme, dá a falsa impressão de se tratar de uma película romântica. Há romance sim, porém, o filme é uma ficção científica sobre viagem no tempo. Aliás, tema que já rendeu grandes filmes como a trilogia De Volta Para o Futuro (185/1989/1990) e Feitiço do Tempo (1993).
Te Amarei Para Sempre começa enigmático. Vemos o personagem principal Henry (Eric Bana) aparecer e desaparecer sem explicações. Logo percebemos que ele está viajando no tempo, mas só gradativamente descobrimos quais são as regras para esse passeio. Mudar o destino, passado ou futuro, por exemplo, “pode causar muita confusão”, segundo conclusão do próprio Henry. No entanto, ele quebra essa norma ao comprar um bilhete de loteria que será premiado. E, essa talvez seja a cena mais fraca do filme, pois estraga a figura do casal protagonista, abalando sua ética e diminuindo a empatia do espectador.
Quem faz o par romântico de Henry é Clare (Rachel McAdams, de Meninas Malvadas e Nocaute). Ela, quando criança conheceu Henry já adulto, em um de seus retornos ao passado, tornando-se irremediavelmente apaixonada.
Ação e drama
O filme nunca perde o interesse. Há muita ação e também drama no roteiro, mostrando as dificuldades de se conviver com essa mutação genética. Henry a encara muito mais como um problema do que como um poder. Afinal, exceto pelo episódio contestável do bilhete da loteria, o único benefício de se viajar no tempo é a possibilidade de encontrar as pessoas queridas que estão mortas.
Rachel MacAdams, com sua eterna cara de apaixonada, foi muito bem escalada para o papel. Na verdade, como o próprio título original comprova, ela é a personagem principal do filme. Clare é que necessita se adaptar às inusitadas situações que surgem com essa estranha condição de seu amado.
Por fim, um destaque especial para aqueles que curtem movimentos de câmera. Prestem atenção naquele trecho que começa com o rosto de Clare na vertical até revelar que a personagem está deitada na cama com Henry. Sem dúvida, um movimento marcante que enriquece essa bela estória.
