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Elysium (filme)
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Elysium

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Após surgir como o mais novo grande talento da ficção científica com o filme “Distrito 9” (District 9, 2009), o diretor sul-africano Neil Blomkamp foi contratado para rodar a produção norte-americana “Elysium”. Agora, com orçamento generoso e elenco de estrelas e internacional. No entanto, o resultado é inferior, o que o levou a voltar parcialmente para a África do Sul no próximo filme, “Chappie” (2015). A temática central une esses seus três longas metragens, ou seja, todas ficções científicas com crítica social.

A trama

Desta vez, a estória se passa em 2154, quando a superpopulação da Terra incentiva os mais ricos e poderosos a criarem uma cidade satélite que orbita em torno do planeta, artificialmente bela e luxuosa, com piscinas em mansões e bairros planejados. A tecnologia evoluiu a ponto de criar uma máquina que identifica e cura qualquer doença de uma pessoa em instantes. Em contraponto, na Terra habitam os menos favorecidos que trabalham como escravos para sustentar e suprir aqueles que orbitam ao redor do planeta. Parte deles constrói robôs cuja função é justamente vigiá-los.

Max (Matt Damon) sofre um acidente de trabalho e é exposto a radiação letal. Para se salvar, sua única chance é se tratar na máquina de cura na cidade satélite. Drama semelhante sofre Frey (Alice Braga), amiga de infância de Max, que deseja salvar sua filha leucêmica. Ademais, outro que procura chegar à remota localização dos privilegiados é o líder rebelde Spider (Wagner Moura), como parte dos planos de derrubar essa injusta desigualdade social.  Então, quem deve impedir essa invasão é a prefeita Delacourt (Jodie Foster).

Análise

A parte introdutória de “Elysium” é a melhor do filme, com câmera na mão, em tom realista para descrever a precária vida dos habitantes da Terra, tendo as favelas da Cidade do México como pano de fundo. Nessas sequências, acompanhamos um recorte da infância de Max e Frey, amigos apaixonados que mais tarde tomariam rumos diferentes na vida. Então, o filme retoma a estória anos depois quando os protagonistas se reencontram.

Essencialmente, a crítica social do filme enfoca um possível futuro, consequência da superpopulação e da desigualdade crescentes que existem hoje. O foco da estória é a cidade de Los Angeles, onde os latinos sobram na Terra e não alcançam o status necessário para viver na cidade satélite. Porém, a fraqueza da trama salta da tela pela facilidade em invadir o habitat dos poderosos e a ingenuidade de se prever uma máquina que cura todas doenças. Assim, essas fantasias se chocam com o tom semi-realista do início do filme, podendo distanciar o espectador que estava engajado no enredo.

Por outro lado, quanto ao elenco, a estrela Matt Damon não desaponta. Porém, parece demasiadamente protocolar, sem se preocupar em acrescentar algum talento especial ao filme. Contudo, ruim mesmo está Jodie Foster, inesperadamente canastrona como a autoritária prefeita. Já Alice Braga e Wagner Moura marcam a presença brasileira sem desapontar. Há ainda no elenco Diego Luna, que trabalharia em “Rogue One: Uma História Star War” (Rogue One, 2016).

Enfim, é uma pena que Neil Blomkamp não pôde repetir aquela sensação de realismo de “Distrito 9”, que tornava a presença dos alienígenas extremamente verossímil. Sem isso, “Elysium” se tornou uma aventura de ficção científica como muitas outras por aí.


Onde assistir:
Elysium (filme)
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