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Han Solo: Uma História Star Wars (filme)
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Han Solo: Uma História Star Wars

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Rogue One” (2016), o primeiro spin-off da franquia de George Lucas que foi adquirida pela Disney superou as expectativas. Já este segundo, “Han Solo: Uma História Star Wars”, decepciona e é o mais fraco dos quatro filmes produzidos depois da aquisição.

Sua estória enfoca o personagem Han Solo (Alden Ehrenreich) antes de ele conhecer Luke Skywalker. E, mostra o início de sua amizade com Chewbacca, o momento em que conhece Lando Calrissian e como ele adquiriu a Millennium Falcon. No início, Han é separado de sua namorada Qi’ra (Emilia Clarke) quando precisa fugir de seu planeta por causa de dívidas. Então, alia-se ao mercenário Beckett para conseguir um combustível valioso para Dryden Vos, um poderoso bandido que, por coincidência, possui Qi’ra em um posto importante dentro de sua gangue.

Muita ação

“Han Solo” possui vários momentos de ação. Desde seu início, quando o protagonista e sua namorada fogem dos cobradores de dívidas em uma eletrizante perseguição de carros espaciais. A próxima sequência de ação coloca Han Solo e Chewbacca na equipe de Beckett (Woody Harrelson). Juntos, embarcam em uma arriscada missão para roubar uma valiosa carga de combustível que está sendo transportada em um trem ultramoderno, igualmente emocionante. Porém, o terceiro grande momento de aventura não funciona tão bem assim.

Já a bordo da Millennium Falcon, Solo e seus companheiros conseguem a matéria prima do combustível em um planeta, e precisam fugir de um tipo de buraco que tenta sugar a nave. Como a fuga depende mais da espaçonave do que dos personagens, a emoção parece diminuída. Por esse motivo, a luta de Qi’ra e Han Solo contra Dryden Voss consegue envolver muito mais o espectador.

Em quem confiar?

O tema principal do filme é saber em quem confiar. O próprio Han Solo demonstrara essa dubiedade em “Guerra nas Estrelas” (Star Wars, 1977), porque Luke e Leia só sabem que ele não é um mero mercenário no final da estória. E, em “Han Solo”, essa desconfiança recai sobre vários personagens: Qi’ra, Becker, Lando (Donald Glover), Val (Thandie Newton), Enfys Nest (Eryn Kellyman). Assim, os momentos de maior emoção do filme recorrem a esse dilema, o que acaba se tornando previsível.

Qi’ra é a que mais sofre dessa ênfase na trama. Quando, finalmente, pensamos que conhecemos seu real caráter, enfatizado até com uma mudança na tonalidade das cores na cena, que se tornam esverdeadas, um último olhar dela, à distância, para Han, insiste em deixar o arco de seu personagem em aberto. Aliás, fica evidente a intenção de criar nela um novo protagonista para futuros spin offs, o que justifica até a contratação de uma atriz mais famosa do que o intérprete do personagem título.

Han Solo, um herói?

O arco do personagem Han Solo se completa, mas de forma discutível, porque ele termina o filme como um herói, ou pelo menos como alguém que conquistou feitos heroicos, o que é incompatível com sua persona quando ele surgiu na saga no episódio de 1977. Afinal, Luke Skywalker o conheceu como um mercenário, que o ajuda apenas pelo dinheiro. E Han age assim até o momento de sua virada, quando ele retorna para lutar ao lado dos Rebeldes para destruir a Estrela da Morte. Por isso, quando ele recebe o convite para se aliar à causa neste “Han Solo”, sua resposta devia ser algo como “prefiro minha parte em dinheiro”.

Pelo menos, o ator Alden Ehrenreich consegue imitar as expressões de Harrison Ford. Com isso, cria a conexão para acreditarmos que ele é a versão mais jovem de Han Solo.

Existia uma certa desconfiança sobre o resultado de “Han Solo”, depois que os diretores originalmente contratados, Phil Lord e Christopher Miller, foram demitidos e substituídos por Ron Howard, que precisou refilmar mais de 80% das cenas registradas até então. Como Howard é conhecido mais por ser um profissional competente e confiável do que por ser brilhante, o que acabou chegando às telas não consegue empolgar como os demais filmes da franquia Star Wars.


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