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Luke Cage (série)
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Luke Cage

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

O requinte visual se destaca em “Luke Cage”

O primeiro episódio de “Luke Cage” plantou indícios de que terá uma temporada promissora. O herói com força descomunal e pele resistente até a balas estreou nas telas em 2015 em alguns episódios de “Jessica Jones” e habita o mesmo universo de “O Demolidor”. Mas o clima é um pouco menos sombrio que nessas duas séries, todas produzidas pela Netflix.

Uma opção inteligente parece ser a adoção de um vilão envolvido com o crime organizado, Cornell Stokes, vivido por Mahershala Ali, de “House of Cards”. Essa era a alternativa que deu certo em “O Demolidor” e justamente um dos problemas com “Jessica Jones”, cujo bandido era tão poderoso que foi necessário encontrar soluções pouco convincentes para que a heroína pudesse derrota-lo.

Mas o que mais impressiona é a fotografia. Ambientada predominantemente no período noturno, a câmera deixa rastros das luzes da cidade manchando a tela, o que demonstra figurativamente a sujeira espalhada pela trama. É um requinte visual que confere personalidade própria à série, ainda que não perca os laços geográficos com as séries irmãs. Aliás, a sequência na qual Cornell Stokes se proclama rei, em sobreposição de seu rosto com o imenso quadro na parede às suas costas confirma o zelo em produzir imagens icônicas para a série.

Soturno e mal-humorado

O episódio de estreia se obriga a apresentar os personagens, mas evita o ritmo demasiadamente lento ao plantar características já esperadas para quem conheceu Luke Cage anteriormente. Sua personalidade soturna e mal-humorada é sublinhada desde o início. Na verdade, ele só fica macio no trato com mulheres por quem ele se sente atraído, o suficiente para ir para a cama com a detetive Misty Knight (Simone Missick), e dar lugar para um dos ingredientes que se espera serem recorrentes na temporada: o sexo. Mas aqui ele aparece mais sutil e menos sensual do que nas tórridas transas com Jessica Jones.

O que não desapontará ninguém é a violência, muito acentuada em “Luke Cage”. Isso fica claro na cena da emboscada, quando o peito de um dos bandidos é arrebentado por um tiro à queima roupa pelas costas.

A escolha do ator Mike Colter foi acertada. Grande, forte e com cara de poucos amigos, Colter encarna com facilidade o papel, como se fosse seu próprio alter-ego.

Perto do final, o mais esperado aparece. Luke Cage mostra seus poderes super-humanos ao enfrentar uma gangue de usurpadores. O desafio, agora, é tornar o herói vulnerável para se obter a tensão necessária para outros episódios.


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