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O Festival do Amor (filme)
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O Festival do Amor

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Em O Festival do Amor, Woody Allen brinda seus fãs cinéfilos, mas erra feio na escolha do seu alter-ego.

E o cenário da estória é propício para uma homenagem ao cinema. Afinal, ela se passa durante o San Sebastian Film Festival, na Espanha. É para lá que o escritor e ex-professor de cinema Mort Rifkin se dirige, para acompanhar sua esposa, Sue, agente de talentos. Na verdade, ele nem desejava ir, mas quer investigar se Sue tem um caso com seu cliente, o diretor Philippe, que está fazendo sucesso com seu mais recente filme. Então, enquanto suas desconfianças se concretizam, Mort se apaixona por uma médica espanhola.  

Alter-ego

O Festival do Amor se encaixa na faceta cômica do veterano cineasta Woody Allen. Sem fugir aos seus filmes típicos nesse gênero, o protagonista é o alter-ego dele. Antes, ele mesmo interpretava esse papel, depois começou a delegar para outros atores. Em várias ocasiões, conseguiu ótimos resultados, contando com os talentos de nomes como Anthony Hopkins, John Cusak e Kenneth Branagh.

Desta vez, a função vai para o ator Wallace Shawn, que já trabalhou antes com Woody Allen em papeis coadjuvantes, por exemplo, em Melinda e Melinda (2004). Assim, cabe a ele viver o hipocondríaco e neurótico Mort Rifkin, que, por outro lado, é culto, inteligente e charmoso. Pois é aí que O Festival do Amor emperra.

Wallace Shawn se tornou conhecido a partir do filme A Princesa Prometida (1987), aproveitando sua figura física de “feio e irritante”. É verdade que o próprio Woody Allen pode ser assim caracterizado, mas ele consegue atuar convincentemente interpretando a sua versão cinematográfica. E, sempre é capaz de criar personagens charmosos e atraentes. Não é o caso de Shawn, que tem talento limitado, e sua falta de charme atrapalha o filme, principalmente nas cenas em que ele encanta a jovem e bela médica por quem ele se apaixona. Ao invés de charmoso, ele soa tremendamente irritante.

Woody Allen para cinéfilos

Se não fosse por esse erro de casting, O Festival do Amor se situaria, no mínimo, no mesmo patamar das boas comédias de Woody Allen. E, ainda, com um atrativo adicional para os cinéfilos. Afinal, no lugar das citações de autores de livros clássicos, aqui o diretor faz referências a filmes essenciais. Aliás, Allen introduz trechos de deliciosas paródias deles, contextualizadas como sonhos e imaginações do protagonista.

E essa é a lista de filmes citados em O Festival do Amor:

Por isso, O Festival do Amor ainda consegue divertir, principalmente aos fãs dele e aos cinéfilos. Mas, seria muito melhor com outro ator no papel de protagonista.

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Ficha técnica:

O Festival do Amor | Rifkin’s Festival | 2020 | Espanha/EUA/Itália | 88 min | Direção e roteiro: Woody Allen | Elenco: Wallace Shawn, Gina Gershon, Louis Garrel, Elena Anaya, Michael Garvey, Richard Kind, Nathalie Poza, Enrique Arce, Douglas McGrath, Steve Guttenberg, Tammy Blanchard, Sergi López, Christoph Waltz.

Distribuição: Imagem Filmes.

Trailer:
Onde assistir:
Rifkin's Festival (filme)
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