Repetindo o que aconteceu no início da primeira temporada de The Mandalorian, os primeiros episódios da nova também são majoritariamente procedurais. Ou seja, cada episódio apresenta uma aventura diferente do herói caçador de recompensas. Com isso, a narrativa central (levar o “Baby Yoda” para um Jedi) que conduz toda a série fica tênue. E essa linha é justamente o que a produção tem de mais interessante nesse spin-off da saga Star Wars. Afinal, as missões esparsas já não contam com o impacto da novidade, um trunfo da primeira temporada.
Por isso, a nova temporada só esquenta mesmo no seu quinto capítulo. Nele, o Mandaloriano encontra, finalmente, um Jedi. É Ahsoka (Rosario Dawson), a Padawan que os fãs conheceram na animação The Clone Wars. Esse tipo de conexão com o universo da franquia é que mais agrada os seguidores de Star Wars, que vibram com o sabre de luz que ressurge na saga. Nesse sentido, a segunda temporada termina no auge. Afinal, reúne o Mandaloriano com Boba Fett, um personagem secundário presente na trilogia original que também ganha sua própria série.
Além disso, esses capítulos finais ainda confirmam a posição dessa trama na linha do tempo de Star Wars. E também a verdadeira identidade da Criança (The Child, vulgarmente chamado de “Baby Yoda”, mas cujo nome real é Grogu). Por fim, surge um dos protagonistas da trilogia original. Além de ser uma surpresa digna de tapete vermelho, isso esclarece o que esse pequeno espécimen da raça de Yoda representa nessa história. Ademais, ainda, abre especulações para justificar o isolamento de um amargo Luke Skywalker na trilogia iniciada com Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: Episode VII – The Force Awakens, 2015).
