Pesquisar
Close this search box.
Treze Vidas: O Resgate (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Treze Vidas: O Resgate

Avaliação:
6/10

6/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

Treze Vidas: O Resgate (Thirteen Lives) não é o primeiro filme sobre o resgate de doze meninos e seu treinador de uma caverna na Tailândia em junho de 2018. Antes dele, a coprodução Irlanda/Tailândia Milagre na Caverna (The Cave, 2019) fez isso, contando com alguns dos envolvidos como atores.

Este novo longa possui uma produção mais robusta. É estrelada por Viggo Mortensen, Colin Farrell e Joel Edgerton, e com um diretor bem mais experiente, Ron Howard. Que, inclusive, já fez um filme sobre tragédias reais: Apollo 13 (1995). Acima de tudo, desta vez o roteiro de William Nicholson conserta o principal problema do filme anterior, a falta de emoção. Isso porque transfere toda a movimentação dos voluntários fora da caverna para dentro dela. A trama agora foca na complicada retirada dos meninos através de corredores totalmente tomados por água até o teto.

Mas Treze Vidas: O Resgate demora um pouco para ganhar o espectador. No seu primeiro terço, os meninos e o treinador somem do filme desde a entrada deles na caverna até o momento em que dois mergulhadores estrangeiros, Rick Stanton (Mortensen) e John Volanthen (Farrell), os encontram. Enquanto isso, vemos esses dois protagonistas entrarem nessa missão e toda a agitação fora da caverna. Entre o grupo de pais das vítimas, o filme se concentra em apenas uma. Ela é a mãe do menor deles (pelo menos no filme), o garotinho chamado Chai. É uma estratégia para individualizar o coletivo e, assim, aumentar a dramaticidade.

Momentos dramáticos

Aparentemente, o filme parece sucumbir também para a falta de emoção. Porém, quando os mergulhadores encontram os treze sobreviventes, surge o primeiro grande momento dramático. E isso acontece quando a notícia vaza e todos os que estão envolvidos e presentes no local comemoram entusiasmados. A reação é contagiante. Contudo, o filme de quase duas horas e meia não chegou nem na sua primeira hora. E o cético Rick Stanton lança o grande problema do resgate: será impossível tirar as treze vítimas vivas da caverna.

Então, Treze Vidas: O Resgate começa a funcionar, de fato. Primeiro, na busca por uma solução viável, mas extremamente arriscada, para o resgate. Em seguida, acompanhando quase um a um a retirada deles. O suspense cresce, pois vemos que um menino quase acorda da anestesia no meio da travessia, a seringa do anestésico cai no chão, a máscara não veda perfeitamente, o mergulhador pega o percurso errado, e mais variantes para ressaltar o perigo. Além disso, é uma luta contra o tempo (o ingrediente do ticking clock, a contagem regressiva), pois uma nova tempestade se aproxima. E esse fato serve, também, para dar o devido crédito aos milhares de voluntários que desviaram as águas para que não entrassem na caverna.

O coletivo, que no evento real foi um dos principais elementos da operação de sucesso, representa, de novo, o segundo grande pico dramático, quando várias pessoas, dentro, fora e ao redor da caverna Tham Luang comemoram o sucesso da missão. É como se, por um momento, a humanidade se esquecesse de banalidades como a Copa do Mundo, que rolava naquela época, para se solidarizar com todas as vítimas desse acontecimento. Nesse aspecto, a celebração vai além da salvação das treze vidas, e alcança a esperança de que existe o bem dentro das pessoas.


Treze Vidas: O Resgate (filme)
Treze Vidas: O Resgate (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo