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30 grandes filmes do catálogo da Reserva Imovision

Mulher em frente a uma parede com cartazes de filmes
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Na segunda matéria da série com as plataformas de streaming que operam no Brasil, chegamos à Reserva Imovision, cujo catálogo está repleto de filmes europeus recentes, mas também alguns asiáticos bem interessantes, além de filmes brasileiros, americanos, das Áfricas.

Mais uma vez limitei as escolhas a 30, meio que um filme para ver por dia, ou 30 semanas de filmes para ver, acreditando que a distribuidora possa sempre incrementar seu catálogo.

Com filmes para todos os gostos e exigências, eis os 30 mais da Reserva Imovision.

Dicas de 30 grandes filmes disponíveis na FILMICCA

01. Imagem e Palavra (Le Livre d’Image, 2018), de Jean-Luc Godard

O último longa de Godard encerra também uma ideia de cinema. É como se o século 20, do ponto de vista cinematográfico, chegasse definitivamente ao fim com a morte do último grande desbravador dessa arte.

02. Amantes Constantes (Les Amants Réguliers, 2005), de Philippe Garrel

Garrel e sua visão de maio de 68 e suas decorrências. O próprio diretor jamais voltou a esse nível de cinema. Nem perto disso.

03. Timbuktu (2014), de Abderrahmane Sissako

Sissako consegue superar o ótimo Bamako com esta pungente história de opressão no Mali, com belíssimas imagens desérticas.

04. A Estrada Perdida (Lost Highway, 1997), de David Lynch

Um filme americano no meio de um catálogo com muitos europeus e asiáticos, mas certamente um dos grandes filmes americanos dos últimos 30 anos. Lynch entrava em sua melhor fase, que ainda nos traria História Real (1999) e Cidade dos Sonhos (2001).

05. Amanda (2018), de Mikhael Hers

“Elvis has left the building”, do jeito que a pequena protagonista fala no clímax, é de cortar o coração. (leia a crítica)

06. O Paraíso Deve Ser Aqui (It Must be Heaven, 2019), de Elia Suleiman

Brilhante filme em que os momentos mais desvairados se encaixam muito bem na liberdade narrativa alcançada.

07. A Sonata de Tóquio (Tokyo Sonata, 2008), de Kiyoshi Kurosawa

Um dos melhores filmes de Kurosawa entre os que não são de horror. Na época, mostrou para muitos críticos o que o diretor era capaz de fazer fora de seu registro mais célebre.

08. Afire (Roter Himmel, 2023), de Christian Petzold

O tempo dirá se este é mesmo o melhor filme de Petzold. Por enquanto, prefiro arriscar que sim, embora Yella (2007) esteja no páreo (e também nesta lista). (leia a crítica)

09. Amar, Beber e Cantar (Aimer, Boire et Chanter, 2014), de Alain Resnais

Último filme de Resnais, falecido em março de 2014. Não é tão forte quanto o penúltimo, Vocês Ainda Não Viram Nada (2012), mas é um encerramento de carreira à altura desse grande mestre.

10. Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), de Hector Babenco

Um dos grandes filmes de Babenco. Reginaldo Faria tem seu maior papel no cinema, no meio de um elenco especialmente inspirado, e a trama é muito bem estruturada.

11. Benedetta (2021), de Paul Verhoeven

Verhoeven em grande forma, após os decepcionantes caminhos que se seguiram ao belíssimo A Espiã (2006). Provocador, inteligente, com uma mise en scène inspirada e uma grande atriz: Virginie Efira. (leia a crítica)

12. Yella (2007), de Christian Petzold

Este grande filme do principal representante da escola de Berlim revelava também uma grande atriz: Nina Hoss. A trama fantástica é inventiva e o diretor se revela um hábil narrador. (leia a crítica)

13. Adeus à Linguagem (Adieu au Langage, 2014), de Jean-Luc Godard

Godard, a esta altura da vida e da carreira, faz um filme punk rock remoendo o digital e o 3D de modo implacável.

14. Tre Piani (2021), de Nanni Moretti

Os melhores filmes de Moretti são os realizados entre A Missa Acabou (1985) e O Quarto do Filho (2001). Depois disso, o diretor tem sido menos impactante, mas este melodrama é um dos melhores entre seus filmes recentes. (leia a crítica)

15. O Intruso (L’Intrus, 2004), de Claire Denis

O auge do cinema de fluxo talvez seja 2004. Daí em diante, vai se revelar uma sinuca de bico. O que importa é que Denis faz aqui um grande filme dentro dessa estética.

16. O Outro Lado da Esperança (Toivon Tuolla Puolen, 2017), de Aki Kaurismaki

Belíssimo filme do diretor finlandês que encantou cinéfilos na passagem de 2023 para 2024 com o maravilhoso Folhas de Outono.

17. A Assassina (Cike Nie Yin Niang, 2015), de Hou Hsiao-Hsien

Um tanto fora da caixa para seu diretor, mas um filme de inegável talento.

18. Amor Até as Cinzas (Jiang Hu er Nu, 2018), de Jia Zhangke

Outro filme inusitado, menos pelo que se esperava do diretor do que pela maneira como se desenvolve.

19. 3 Faces (Se Rokh, 2018), de Jafar Panahi

Não é o melhor filme de Panahi, mas talvez seja o seu momento de maturidade na dramaturgia.

20. Ecce Bombo (1978), de Nanni Moretti

Melhor filme da primeira fase de Moretti. O melhor ainda estava por vir.

21. Nenette e Boni (Nénette et Boni, 1996), de Claire Denis

Outro filme da Denis para coroar seu retorno à forma com o recente Stars at Noon.

22. Caché (2005), de Michael Haneke

Todo diretor, por mais terrível que nos pareça, pode fazer um belo filme. Este é o de Haneke, que nem é terrível, embora tenha filmes que sugerem isso. Um estudo sobre o mal-estar europeu no século 21.

23. Onoda – 10 Mil Noites na Selva (Onoda, 10 000 Nuits dans la Jungle, 2021), de Arthur Harari

Surpreendente filme, baseado na história real do soldado japonês que viveu anos isolado em uma ilha por não acreditar que a guerra acabou.

24. A Igualdade é Branca (Trois Couleurs: Blanc, 1994), de Krzysztof Kieslowski

Da Trilogia das Cores, este é disparado o melhor filme. Talvez por não perder de todo o espírito do país natal do diretor, a Polônia.

25. Isto Não é um Filme (In Film Nist, 2011), de Jafar Panahi

Terceiro filme de Panahi na lista, numa altura em que ele começava a se afirmar como o maior cineasta iraniano depois de Kiarostami.

26. Lady Chatterley (2006), de Pascale Ferran

Delicioso longa torto de uma diretora que só fez dois filmes neste século.

27. O Império da Paixão (Ai no Borei, 1978), de Nagisa Oshima

Após o filme-escândalo, O Império dos Sentidos (1976), este tem seu erotismo, mas nada explícito. É o filme mizoguchiano de Oshima. (leia a crítica)

28. Fênix (Phoenix, 2014), de Christian Petzold

Terceiro filme de Petzold na lista. Estão contemplados na plataforma três de seus melhores filmes, faltando apenas Gespenster (2005) e Undine (2020). (leia a crítica)

29. Pìxote – A Lei do Mais Fraco (1980), de Hector Babenco

Babenco dá largos passos em sua merecida escalada internacional, que chegará ao auge em Ironweed (1988) e Brincando nos Campos do Senhor (1991).

30. Nossa Irmã Mais Nova (Umimachi Diary, 2015), de Hirokazu Koreeda

Melhor filme do irregular Koreeda. Momento em que sua habitual delicadeza encontra a melhor direção possível. (leia a crítica)

Texto escrito pelo crítico e professor de cinema Sérgio Alpendre, especialmente para o Leitura Fílmica.

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